quarta-feira, 20 de maio de 2009

Devem ler este texto da UNEP




Eu espero que depois de lerem este texto aprendam alguma coisa, se corrijam e se tornem bons.

Este texto conta-nos a forma como um chefe índio Seathl respondeu a uma proposta,feita pelo governo dos Estados Unidos,para a compra das suas terras.

«O grande chefe de Washington mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos, igualmente, da sua amizade e benevolência. Isto é gentil da sua parte, pois sabemos que não tem necessidade da nossa amizade. Contudo,vamos pensar na sua oferta, porque sabemos que,se não o fizermos, o homem branco virá, com armas, e conquistará a nossa terra. O grande chefe de Washington, pode confiar no que o chefe Seathl diz, com a mesma certeza com que os nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano. A minha palavra é como as estrelas, não empalidecem.
Como se pode vender ou comprar o céu, o calor da terra? Nós não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. Como podeis comprá-los a nós? Decidimos, apenas, sobre o nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias arenosas, véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insectos a zumbir são sagrados na consciência do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele, um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho que vem, de noite, e rouba à terra tudo aquilo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim, sua inimiga, e, depois de a exaurir, vai-se embora. Deixa para trás, sem remorsos, o túmulo do seu pai. Nada respeita. Esquece as sepulturas dos seus antepassados e o direito dos seus filhos. A sua ganância empobrecerá a terra e vai deixar, atrás de si, os desertos. A vista das vossas cidades é um tormento para os olhos do homem vermelho. Mas talvez, isto seja assim por o homem vermelho ser um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades dos homens brancos. Nem um lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem, na Primavera, ou o tinir das asas dos insectos. Talvez por ser um selvagem, que nada entende, o barulho das cidades é, para mim, uma afronta contra os ouvidos. E que espécie de vida é essa em que o homem não pode ouvir a voz do corvo nocturno, ou a conversa dos sapos no brejo, à noite? Um índio prefere o suave murmúrio do vento sobre o espelho da água, e o próprio cheiro do vento purificado pela chuva do meio-dia, e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho. Porque, todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. sou um selvagem e não compreendo que possa estar certo de outra forma. Vi milhares de bisontes a apodrecer nas pradarias, abandonados pelo homem branco, que os abatia a tiro, disparando do comboio. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso do que um bisonte que nós, os índios, matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo o que acontece aos animais pode, também, afectar os homens. tudo está relacionado entre si. Tudo quanto fere a terra, fere, também, os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E, depois da derrota, passam o tempo em ócio e envenenam o seu corpo com alimentos doces e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias, eles não são muitos. Mais algumas horas, talvez mesmo, uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos, que viveram nestas terras ou que têm vagueado em pequenos bandos nos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que, um dia, foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos: que o homem branco talvez venha, um dia, a descobrir que o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que o pode possuir, da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus da humanidade inteira. E quer bem, igualmente, ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por ele. E causar dano à terra, é demonstrar desprezo pelo seu Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa que as outras raças. Continua a poluir a sua própria cama, e há-de morrer, um dia, numa noite, sufocado nos seus próprios dejectos. Depois de ter abatido o último bisonte e domado todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem a gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios faladores(telefones), onde ficarão, então, os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão desaparecido. Restará dizer adeus às andorinhas da torre e à caça, o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência.
Compreenderíamos, talvez, se soubéssemos com o que sonha o homem branco, se soubéssemos que esperanças transmite aos seus filhos, nas longas noites de inverno, que visões do futuro oferece às suas mentes, para que possam formular os desejos para o dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos, temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos, é para garantir as reservas que nos foram prometidas. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias, conforme desejamos. Depois de o último homem vermelho ter partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar por cima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amámos como um recém-nascido ama o bater do coração da sua mãe. Se vos vendermos a nossa terra, amai-a, como nós a amávamos. Protegei-a, como nós a protegíamos. Nunca esqueçais como era a terra quando dela haveis tomado posse. E, com toda a vossa força, o vosso poder, e todo o vosso coração, conservai-a para os vossos filhos, e amai-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é amada por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.»

Da revista New Natur, 1974, Oslo

sexta-feira, 15 de maio de 2009


Em Portugal devem ser tomadas medidas urgentes no sentido de proteger os últimos refúgios da vida selvagem.

Todo aquele que desrespeitar os animais, a natureza,deve ser castigado pelo seu acto negligente e cobarde, pois só assim as destruições vão parar.

Só campanhas de sensibilização não chega, é preciso fazer mais...

sábado, 2 de maio de 2009